Geek dos Museus#3 Museu Van Gogh

Vicent van Gogh é um dos mais importantes artistas Holandeses! A sua curta carreira de apenas 10 anos foi suficiente para deixar cerca de 800 quadros e mais de 1000 desenhos. Sobretudo quando sabemos que Van Gogh aprendeu a pintar sozinho, apenas com a ajuda de livros, algumas lições das escolas de Antuérpia e Bruxelas, visitas a museus e com os seus amigos artistas.

Ao longo da vida acabou por desenvolver um estilo muito próprio com pinceladas expressivas e cores vivas, muitas vezes contrastando com a sua dramática vida, desde a falta de reconhecimento artístico ao suicídio. E para quem chegou aqui parabéns! Acabou de descobrir que é um admirador de arte e sobretudo de Van Gogh. Confesso que certos pintores me entusiasmam e este é um deles e daí este enquadramento. Passo então ao Museu himself. O Museu de Van Gogh guarda a mais vasta coleção de obras do pintor e é totalmente dedicado a dar-nos a conhecer a sua vida e obra. Aqui, além de ficarmos a conhecer um grande número das suas obras, organizadas pelos diversos momentos porque passou o artista, o museu permite-nos ainda ver algumas das suas obras mais importantes, como Os Girassóis, O Quarto em Arles, Corvos sobre Ceara e Autorretrato enquanto artista.

Ficamos ainda a conhecer as diferentes técnicas usadas nos seus quadros e as influências de outros artistas e estilos na sua obra, incluindo a oriental. Podemos também analisar ao pormenor a suas obras, através de raio-x que mostram como reutilizava alguns dos seus quadros, de estruturas que mostram como trabalhava a perspetiva, de imagens analisadas ao microscópio que mostram ao detalhe a aplicação da cor e das pinceladas. São formas diferentes de ver e analisar as obras deste génio incompreendido e profundamente perturbado. O museu está organizado em cinco períodos que mostram a sua evolução, desde os trabalhos iniciais em 1886 até à fase final em Auvers, percorrendo a sua passagem por Paris, Arles e pelo asilo em Saint-Remy. Não vou percorrer todas as obras expostas, mas não posso deixar de referir 6 pontos para ao quais devem prestar especial atenção numa visita a este museu.(daqui para baixo é só mesmo para fãs, ok! Não me responsabilizo por possíveis ‘secas’ que os não fãs possam vir a apanhar):

# a curiosa utilização da cor “casca de batata suja” feita no quadro “Comedores de Batata;

# a utilização brilhante de diversos tons de amarelo no quadro nos girassóis, enriquecidas com os tons de azul, vermelho e verde;

 # a utilização da cor no Quarto em Arles e reparar ao detalhe nas diferenças entre os dois quadros (sim, Van Gogh pintou uma cópia do seu próprio quadro), que nos obriga a olhar a fundo as duas obras;

# os autorretratos que pintou, a sua grande maioria para treinar diferentes técnicas e usos da cor, como o autorretrato enquanto artista, com cachimbo, com chapéu de palha e com cachimbo e chapéu de palha;

# o ambiente fatalista do quadro que marca o seu final de vida, “Cearas com corvos”, com as suas estradas sem saída, o céu negro, agitado e os corvos espalhados pela paisagem;

# as cores do quadro “Amendoeiras em Flor”, que representam estas árvores sob o céu azul, criado aquando do nascimento do sobrinho do artista;

Através das várias salas deste museu podemos seguir a evolução nas obras de Vincent van Gogh, que mostram os diferentes momentos da sua vida, culminando com o seu período mais negro, em que já no hospício pintou quadros onde e visível a sua angústia mental. Uma visita a não perder.

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