México, Déjate llevar

México. Praias de areia branca, mar azul-turquesa, recifes de corais, vegetação luxuriante e boa comida. Também por aqui pode ser visitado e apreciado um dos maiores recifes do mundo e mais de 10 mil cenotes, lagos formados por águas subterrâneas. Tudo bons ingredientes que fazem da Península de Yucatán o local ideal para umas férias.

A Península do Yucatán é delimitada pelo Golfo do México e pelo Mar das Caraíbas e é uma das zonas mais ricas do México, quer a nível histórico e cultural, quer a nível dos recursos naturais. Foi esta riqueza que levou os povos aqui residentes a tentarem a sua independência, que conseguiram por duas vezes – uma durou duas semanas, outra 48 h! É por tudo isto que este é também o local ideal para quem gosta de uma boa dose de cultura e de partir à descoberta dos mais variados vestígios de antigas civilizações, neste caso em particular da civilização maia.

 Chichén Itza

Um dos locais arqueológicos mais famosos do Mundo. Considerada uma das 7 Maravilhas do Mundo e Património da Humanidade pela UNESCO, Chichén Itza leva-nos numa viagem ao passado e a explorar os mistérios do mundo antigo. Respeito que por aqui pisa-se os mesmos caminhos que os antigos sacerdotes maias a caminho dos seus sacrifícios aos deuses pisavam. Chichén (como é carinhosamente tratado localmente) foi o centro político e económico de toda a civilização Maia e aqui visitei algumas das mais bem preservadas ruínas do México: o Templo dos Guerreiros, o Observatório, o Campo da Bola (jogo tradicional Maia que elegia o mais corajoso) e uma das mais famosas pirâmides, a Pirâmide de Kukulcán.

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Algumas curiosidades

Chichén Itza foi abandonada em 670 d.c. e reconstruída 300 anos mais tarde, quando se tornou o centro da cultura maia e a cidade mais importante do nordeste de Yucátan. O templo de Kukulcán é um calendário solar com 365 degraus, um por cada dia do ano, distribuídos pelos 4 lados da pirâmide (91 degraus por cada lado).

Duas vezes por ano, no equinócio da primavera (21 de março) e no do outono (21 de setembro) uma sombra desce pela parede lateral da pirâmide de Kukulcán criando a forma de uma serpente. Conforme o sol se põe a sombra desce até à cabeça da serpente na base da pirâmide.

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O jogo da pelota de Chichén Itza é um dos maiores da América, medindo mais de 160 m de comprimento e 70 m de largura. Os jogadores jogavam com uma bola de cerca de 5 kg e não podiam usar os pés ou as mãos. O vencedor era considerado o mais valente e cortavam-lhe a cabeça como sacrifício e homenagem aos Deuses, lançando-a no cenote sagrado de Chichén Itza.

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Uma das minhas estruturas favoritas neste recinto, a Tzompantli (Plataforma de los Cráneos). É um pouco mórbida, mas é muito interessante visualmente.

Tulum

Tulum é um local arqueológico de uma antiga cidade muralhada maia, construída junto ao mar, entre o Golfo do México e o Mar das Caraíbas. Tem uma das mais inigualáveis vistas sobre o azul Mar das Caraíbas. Tulum era um importante porto de pesca e um porto comercial, para as trocas efetuadas com as cidades da região. Doenças trazidas pelos espanhóis do “velho” Continente foram causa aparente da extinção deste povoado.

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Coba

Esta é uma experiência floresta adentro até a uma civilização há muito perdida, mas nunca esquecida. Aqui é ainda possível subir à pirâmide de No’hoch, a mais alta do Yucatán (42 m de altura e mais de 45.º de inclinação) e contemplar lá de cima a exuberante panorâmica da selva e dos vestígios arqueológicos deste lugar.

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Para além da pirâmide de Nohoch Mul aqui visitei diversas estelas (pedras altas talhadas) ricamente trabalhadas em baixo-relevo, um observatório astronómico, um campo de jogos para o denominado jogo da bola (de que já falei acima) e uma pirâmide mais pequena. Existem ainda uma série de outras construções que foram literalmente “engolidas” pela selva envolvente.

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De Coba partia uma estrada, ainda visível parcialmente, que ligava diretamente aos outros dois sítios arqueológicos da cultura maia, Tulum e Chichén Itza.

Tankah Pueblo

Neste local vive uma verdadeira comunidade maia que mantém ainda as suas casas de madeira e lama tradicionais, falam a sua língua nativa e mantém as suas tradições praticamente intactas desde séculos e séculos. Aqui conheci a verdadeira cultura maia através da comida, da visita ao local e de toda a zona natural envolvente (fauna, flora e os cenotes).

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Neste parque participei em algumas atividades de aventura como descer por cima de um lago em “tirolesa”, andar de kaiak e nadar num fantástico cenote de águas límpidas.

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 Ik-kil

IK-kil é o parque que abriga um maravilhoso cenote localizado a 30 m de altura da superfície e 50 m de profundidade. É um espaço exuberante de verde e de natureza, onde nos sentimos engolidos pelo meio envolvente. Senti-me parte da natureza. Uma experiência única a descobrir. A sua altura e profundidade fazem deste cenote o local ideal para o Red Bull Cliff Diving World Series que todos os anos aqui tem lugar.

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Durante esta viagem (que vou sem dúvida repetir) descobri que o México é um país muito particular e cheio de contrastes. A sua grande superfície está dividida entre desertos tórridos e zonas verdes e luxuriantes. Aqui são faladas mais de 120 línguas oficiais e 40 dialetos (não estou a inventar!). O México é definitivamente um destino de sonho e muito mais do que apenas umas semanas de praia, sol e mar caliente. É uma aventura ao passado e uma redescoberta dos valores mais simples da natureza e da vida.

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