Roteiro pela Bélgica e Luxemburgo

A Bélgica e o Luxemburgo são dois países únicos, com uma história e cultura riquíssima, já para não falar que são o centro e o ponto de origem da União Europeia. Por este motivo são dois destinos a incluir na lista de must see, apesar de serem conotados como sem graça, cinzentos e com pouco para ver.

São também dois países pequenos que se podem conhecer em poucos dias. Deixo abaixo um roteiro possível para 5/6 dias de visita e permite conhecer as principais cidades:

Dia 1 (chegada): Bruxelas (arredores)
Dia 2: Bruges (tive que fazer uma ligeira alteração devida greve geral)
Dia 3: Bruxelas
Dia 4: Gent e como chegamos cedo ainda foi possível dar mais uma volta pelos arredores de Bruxelas
Dia 5: Antuérpia e no regresso a Bruxelas ainda fomos ao Museu da BD
Dia 6: Luxemburgo

Compilei também um conjunto de sugestões que julgo serem sempre úteis para quem parte à descoberta de um novo destino.

Conhecer e descobrir: para  conhecer as diferentes cidades por onde passamos o melhor é sempre andar pé. Para viagens um pouco mais longas, por exemplo, para o Atomium ou a Igreja do Sacre Cour em Bruxelas, o metro é a melhor opção.

Deslocações entre cidades: durante os seis dias de viagem conseguimos ir a Bruges, Gent, Antuérpia e Luxemburgo, todas as ligações feitas de comboio. Tirando a viagem ao Luxemburgo, que leva cerca de 3 horas, as outras foram relativamente curtas. Bruxelas a Bruges e Antuérpia leva cerca de 1 hora e para Gent são uns meros 30/40 minutos.

Comboios, preços e horários: na Bélgica os comboios são frequentes e os bilhetes podem ser comprados antes da viagem nas máquinas na Estação. Se preferirem levar já tudo marcado é acederem ao site da Belgian Rail. Os bilhetes não vêm com horário de regresso permitindo alguma flexibilidade. Para o Luxemburgo convém comprar com antecedência ou na véspera para evitar as filas na bilheteira, mas mais uma vez o bilhete não indica hora de regresso.

Os preços para as cidades belgas variam entre os 14 € e os 28 €, mas existem descontos para grupos e famílias numerosas. Para o Luxemburgo o valor ronda os 30 €

O que comer e beber: os pratos mais famosos na Bélgica são sem dúvida os Mules com frites (que é como quem diz mexilhões com batatas fritas) e as Carbonnades (carne estufada com cerveja). Ambos os pratos aparecem no menu de quase todos os restaurantes belgas.

Em Bruxelas, para experimentar ambos os pratos à confiança, num restaurante de boa qualidade e sem intenções de “roubar” turistas recomendo o La Brouette na Grand Place. Apesar de a localização antecipar preços altos e comida “engana turistas” o La Brouette é uma excelente surpresa e a exceção que confirma que nem todos os restaurantes localizados em zonas turísticas são maus. Aqui poderá provar ambos os pratos bem acompanhados pela cerveja belga. Uma vez que existem centenas de variedades e se não souber o que pedir, é só solicitar ajuda ao empregado.

Bruxelas tem também alguns excelentes restaurantes de comida internacional (sim, porque nem só de comida local vive uma pessoa). Para uma experiência fora do vulgar, recomendo o KoKoB, um restaurante etíope onde os alimentos são servidos numa tortilha gigante e tudo deve ser comido com umas tortilhas mais pequenas que servem de talheres. A comida é gostosa e a experiência engraçada.

Na Bélgica também não vai querer perder os famosos gaufres (waffles). Os gaufres são vendidos um pouco por todo o lado, desde cafés a carrinhas de rua, mas a experiência que não vai querer perder é o gaufre do Dandoy. É de elevar uma pessoa às nuvens de tão espetacular.

Falta apenas falar de outra iguaria local, os reconhecidos e deliciosos chocolates belgas. Foi por aqui que nasceram os famosos pralinas (bombons com recheio), pelas mãos de Neuhaus, e o chocolate branco. Por isso não é de estranhar que se encontre uma loja de chocolate em cada rua. As mais reconhecidas são a Leoninas, Godiva, Neuhaus, mas existem outras mais pequenas onde também se podem descobrir verdadeiras delicias.

Por fim, e como não poderia deixar de ser, a cerveja. A Bélgica deve ser o país no mundo que mais variedades de cervejas vende, mais de 400?? Por este motivo, pedir uma cerveja é por si só uma experiência. Se dissermos apenas “quero uma cerveja”, seguem-se uma série de perguntas que, para quem só conhece a preta e a loura nos deixam baralhados. No entanto, respondendo de forma assertiva recebemos em troca uma cerveja deliciosa, fresca, borbulhante e, na maioria das vezes, com um grau de alcoolemia para o qual temos que estar atentos. Existem inúmeras cervejarias espalhadas pela cidade, na sua maioria com produção própria, mas a que recomendo é À La Morte Subite, uma das mais antigas (1928) e reconhecida pela sua cerveja com cereja.

5 thoughts on “Roteiro pela Bélgica e Luxemburgo

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