O charme hiperpovoado das ilhas Phi Phi

As ilhas Phi Phi, na Tailândia, são consideradas por muitos um dos paraísos na terra. São ilhas de águas cristalinas e tépidas, gigantes paredões de rocha, areias brancas e finas, corais e espécies de peixes sem fim. Quem primeiro aqui chegou foram alpinistas que escalavam os enormes paredões de rocha (dos maiores do mundo) e mergulhadores que procuravam a fauna e flora marinha.

ilhas Phi Phi

As ilhas Phi Phi

No entanto, nos últimos anos, a sua beleza e riqueza de recursos são o seu principal inimigo. Milhares (talvez até milhões) de pessoas visitam estas ilhas (eu incluída). Ko Phi Phi, como são conhecidas, sofrem de desenvolvimento em massa e são simplesmente demasiado pequenas para lidar com todas as pessoas que as visitam.

Apesar de já estar de certa forma avisada do que ia ver fiz a excursão para conhecer as ilhas. E já que aqui por ali estava acabei por tentar apreciar ao máximo, o que, na verdade, não é difícil. Apesar deste desenvolvimento massivo as ilhas são verdadeiramente um presente da natureza. Sem nunca esquecer alguns tesourinhos deprimentes que aqui partilho, porque o paraíso também tem algumas pedras.

ilhas Phi Phi

Ko Phi Phi Leh

Começo pela Ko Phi Phi Leh onde fica a famosa Maya Bay. Esta a ilha ficou famosa no filme A Praia com o ator Leonardo DiCaprio. Por este motivo, praia está sempre lotada de barcos e de turistas. Grupos e grupos de turistas são “descarregados” aqui diariamente. No entanto, a praia é verdadeiramente espetacular com os seus paredões rochosos que dão origem à baía.

Maya Bay faz parte de uma reserva natural. Isto significa que não se pode ficar na ilha por mais do que um dia, e temos que pagar uma taxa para entrar. No entanto, dezenas de barcos chegam todos os dias com multidões, tentando obter essa foto perfeita. É difícil obter a verdadeira sensação do lugar, mas se nos abstrairmos por uns minutos, conseguimos apreciar a paisagem luxuriante. A praia é de areia fina e as águas cristalinas e rasas. Atenção aos grupos de chineses barulhentos e tumultuosos (não fazem por mal, é energia e a mais :)) e de russos maldispostos (sim, mesmo de férias).

Coisas que dispensava

A passagem pela Gruta Viking, uma gruta onde os exploradores deixaram pinturas e por onde passamos ao longe, de barco. Não se consegue ver grande coisa e, na verdade, esta passagem não faz grande sentido. Percebo que não possamos todos visitar a gruta, pequena, para ver as ditas pinturas. Assim, “passar” por lá e ver qualquer coisa ao longe não fez grande sentido.

ilhas Phi Phi

E a visita à Praia dos Macacos que nem chega a ser uma praia, é só uma língua de areia, com alguns macacos. O Guia avisou no barco para não levarmos comida, nem nenhum objeto que os macacos pudessem levar (sim, porque são uma grupeta de ladrões). Não percebi o porquê desta paragem que só perturba os bichinhos. Perfeitamente dispensável. Sobretudo porque algumas pessoas não têm respeito ou sensibilidade e levam para terra produtos que acabam nas mãos e bocas dos macacos e lhe vão, certamente, fazer mal.

O que mais gostei

Do mergulho (snorkel) junto à Baía Pileh. Esta zona é absolutamente de tirar o fôlego. A cor da água oscila entre um azul forte, completamente transparente, e um verde tão claro que com os reflexos do sol quase fica branco. Tudo isto, rodeado por gigantes paredes de rocha que por um lado no intimidam e por outro nos atraem e fascinam. Foi a zona mais arrebatadora por onde passamos. Foi precisamente aqui que fizemos snorkel e para mim, esta parte poderia ter durado duas, três, quatro horas, em vez dos apenas 30 minutos. Tantas espécies de peixes diferentes e zonas diferentes, os corais e a sensação de liberdade de nadar com eles foi inesquecível.

Em conclusão. Não digo para não irem às ilhas Phi Phi, porque no final a experiência é divertida e as paisagens, mesmo que cheias de pessoas, merecem uma visita. Balizem é as vossas expectativas quanto ao “paraíso na terra”.

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