Ser feliz em Copenhaga

Copenhaga é constantemente classificada como a cidade mais feliz do mundo e quando passeamos pelas ruas é fácil perceber porquê. É uma cidade pequena, de ruas amplas com caminhos para bicicletas, mistura de casas tradicionais e históricas com edifícios de design moderno, pequenos canais. A capital da Dinamarca convida-nos a descobri-la a pé, de bicicleta ou até de barco pelos seus canais.

1. A Pequena Sereia

Este grande símbolo da cidade só me fez pensar no pequeno e triste Maneken Pis de Bruxelas, uma pequena estátua de quem todos falam, mas que não é mais que um fait diver para turista ver. A pequena sereia é uma trágica figurinha, numa pedra, no meio da água, relembrando a todos a sua triste história contada por um dos melhores contadores de histórias do Mundo, Hans Christian Andersen. Não deixem de passar por lá, mas só mesmo porque faz parte do circuito :).

2. O Nyhavn

Este canal e as suas casas coloridas é capa de quase todos os guias de viagens sobre Copenhaga e é um dos locais mais divertidos para passear. Para além da paleta de cores vivas que dá, sem dúvida, grandes fotografias, aqui se encontra uma panóplia de cafés e bares onde é possível passar uma tarde divertida a admirar o ambiente descontraído da cidade. O seu nome significa “Porto Novo” apesar de, curiosamente, ser um dos mais antigos da cidade (data de 1673).

3. Ny Carlsberg Glyptotek

Uau. Este museu é dos mais fantásticos que tive oportunidade de visitar. Além do fabuloso edifício e da sua coleção de estátuas tem um jardim de inverno envidraçado com inúmeras estátuas e fontes de onde não nos apetece sair nunca mais. A sua coleção inclui estátuas Romanas, gregas, egípcias e do Antigo Mediterrâneo, assim como Coleção de pintura dinamarquesa, pós-impressionistas (Van Gogh e Cézanne) e também alguns impressionistas franceses (Manet, Renoir, Monet e Degas), entre outras peças.

4. Castelo de Rosenborg

Rodeado dos jardins de reais mais antigos da Dinamarca – Kongens Have – e com as suas torres a apontar em direção ao céu, parece um castelo de um qualquer conto de fadas. Foi residência de verão de um dos Reias da Dinamarca e tem mais de 20 quartos distribuídos por três pisos, alguns deles bastantes curiosos como o Salão do Vidro, cuja decoração dá-lhe nome, o Salão escuro, decorado com curiosos objetos entre eles uma cadeira que agarrava os ocupantes com tentáculos e sinistros bonecos de cera, o átrio de Mármore, elogio à Monarquia Absoluta, e a cave onde entramos no cofre que guarda as inacreditáveis joias da coroa. Depois da visita a esta sala saímos a sentir-nos uns verdadeiros miseráveis, tal o esplendor das joias que nos passam diante dos olhos. Que desperdício estarem ali apenas em exposição.

5. Amalienborg

Outro espaço real da cidade que é possível visitar. Esta é atualmente a casa da família real dinamarquesa. Complexo que alberga quatro majestosos palácios – Cristiano VII, Frederico VIII, Cristiano VIII e Cristiano IX. A praça dá costas à imponente Igreja de Mármore, cuja cúpula teve por modelo e inspiração a Basílica de S. Pedro em Roma. De frente para o canal encontramos um dos mais bonitos jardins da cidade, não só pela fonte esplêndida que ali foi construída, mas pela vista do porto e pelo contraste entre o antigo (Palácios) e o moderno edifício da Ópera, que podemos avistar de frente, na margem oposta do porto. Um contraste que só em Copenhaga faz sentido.

6. Slotsholmen

Conhecida como a ilha do Castelo foi aqui que foi fundada a atual Copenhaga. Aqui se encontram alguns dos mais fabulosos edifícios da cidade entre eles o Parlamento dinamarquês, o esplêndido Palácio de Christiansborg com salões majestosos dignos das mais grandiosas monarquias, a Capela do Palácio, mais um espaço digno de admiração onde têm lugar as cerimónias religiosas da família real, os estábulos reais com orgulhosos e garbosos cavalos brancos. Encontrei também as ruínas do Castelo de Absalon, uma das primeiras construções ali erigidas em 1167, e no extremo oposto da modernidade o edifício da Biblioteca dinamarquesa conhecido por Diamante Negro, um edifício de arquitetura moderna que não deixa ninguém indiferente na zona ribeirinha da cidade. No complexo é ainda possível subir à torre do Palácio com uma vista impressionante sobre a cidade.

7. O Tivoli

É um dos mais antigos parques de diversões da Europa e faz as delícias de miúdos e graúdos, de dia e de noite. Está pejado de atrações a alta velocidade e outras mais calmas, para todas as idades e corações, tem os mais diversos restaurantes e ainda recebe espetáculos. À noite a festa é completa com milhares de luzes a dar cor aos restaurantes e animações. Foi inspiração para o próprio Walt Disney.

8. Bairro Latino

É uma das zonas mais antigas da cidade e uma das que tem mais charme e personalidade. Aqui fica a Universidade, a mais antiga de Copenhaga, num edifício neoclássico fabuloso. Neste bairro podemos ainda visitar a Trinitis Kirke, uma igreja magnífica, a Von Frue Kirke, uma igreja que mistura uma série de estilos arquitetónicos (Torre medieval com arquitetura neoclássica), e por fim a Sankt Petri Kirke, uma igreja luterana carregada de história (destruída variadas vezes pelo fogo e pelos bombardeamentos ingleses).

9. Christianshavn

É uma das zonas mais antigas da cidade serpenteada com graciosos canais é o local ideal para um passeio em dias de sol. No coração desta zona histórica, além da magnífica igreja Vor Frelser com o seu espigão a elevar-se em direção ao céu e o seu altar esplendoroso para o qual me faltam as palavras, damos por nós no meio de uma zona estranha, de aspeto hippie e completamente desenquadrada da restante cidade. Estamos em Christiania, uma minicidade na cidade que surgiu nos anos 1970 e criou as suas próprias leis, onde se incluíam as drogas livres e o não pagamento de impostos. Atualmente já pagam impostos, mas a questão das drogas livres ainda não é muito clara a julgar pelas inúmeras “bancas” que podemos encontrar por todo o lado. Têm até a sua própria cerveja, que não é nada má, cujo preço é muito mais simpático versus o praticado noutros lados. Adorei especialmente as cores das casas, pintadas com grafitis coloridos que por todo o lado recordam-nos que estamos numa outra cidade.

10. Stroget

É uma das maiores ruas pedonais da Europa e o corredor que percorre a zona antiga da cidade. Aqui se encontram as melhores lojas e restaurantes que se estendem por outras quatro ruas pedonais ligadas entre si. Por aqui podemos também encontrar os tradicionais artistas de rua e muita animação para todos os gostos.

Guia Prático

Como ir:

A TAP tem voos regulares diários para Copenhaga e comprados com antecipação não ficam caros.

Onde ficar: O  Cabinn Scandinavia é uma excelente opção. Um conceito local, inspirado nas cabines dos ferrys que fazem a ligação na região. É mais que suficiente para dormir e tem um excelente pequeno-almoço e uma boa relação qualidade/preço. Fica relativamente perto do centro (15/20’ a pé).

Como se deslocar: Copenhaga é relativamente pequena e é fácil fazer quase tudo a pé ou de bicicleta. No entanto, tem uma rede de transportes públicos altamente eficiente e funcional que inclui autocarros, metros e comboios. Se optaram por comprar o Cartão Copenhaga para entradas em museus e atrações podem usufruir de toda a rede gratuitamente.

Onde e o que comer: não achei a comida nada de especial, para além de que para o sul da Europa é mesmo muito cara. Recomendo o Groften, no Tivoli, onde provamos a comida local – Skipper’s lobscouse (uma espécie de carne estufada misturada com puré de batata) e Smørrebrød (uma espécie de brusqueta cruzada de tapa).

Os preços são inacreditáveis para o que estamos habituados em Portugal. O custo por pessoa varia entre os 15 € e os 20 €, até mesmo por um prato simples num restaurante de fast food. E isto sem vinho.

A moeda: A moeda é o Coroa Dinamarquesa (DKK) e apesar de ser inferior ao euro o custo de vida local não nos favorece minimamente.

Duas ou três palavras:

Bom dia – Godmorgen / Goddag (depois das 9h)

Obrigado – Tak

Adeus – Vi ses

Desculpe – Undskyld

Sim – Já

Não – Nej

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