
Esta é a entrada para o mundo “secreto” da Maçonaria. A visita foi surpreendente não só pela forma calorosa como fomos recebidos, mas também porque não recearam em expor a sua história, rituais e símbolos. Afinal, será assim tão secreta a Maçonaria?
História da Maçonaria
Na verdade, nem tudo o que há para saber sobre a história da maçonaria em Lisboa está tão escondido como se diz. A Maçonaria chegou a Portugal por volta 1727 e até 1974 foi perseguida. Durante o Estado Novo os seus membros quase desapareceram (passaram de cerca de 3500 para 50 em 1974).
Apesar de ser uma organização restrita e altamente secreta, muito pode ser desvendado num percurso pelas ruas de Lisbhttps://travelrandomnotes.com/category/lisboa/oa. Passos Manuel, Elias Garcia, Duque de Saldanha, António Augusto Aguiar, Bernardino Machado, Antero Quental, Egas Moniz, Rafael Bordalo Pinheiro e Fernando Pessoa são nomes de Ruas, Praças e Largos em Lisboa, altas individualidades da arte, política, arte e cultura que pertenceram à maçonaria.
O mundo “secreto”
Este é o lugar onde se reúnem os Franco-Maçons para celebrar os seus rituais e não está aberto à generalidade da população. A sua conceção, disposição e decoração obedecem também a regras simbólicas e ritualísticas. A disposição das cadeiras, a forma como os membros se sentam, as imagens da Lua e do Sol, tudo tem significado. As colunas que representam o Templo de Salomão simbolizam a força e estabilidade, rigor e misericórdia, força e beleza, ciência e conhecimento, o Ocidente e o Oriente. O pavimento em mosaicos pretos e brancos simboliza a diversidade do globo e das raças e a oposição dos contrários (bem e mal, espírito e corpo, luz e trevas). A Pedra Bruta junto à coluna do lado esquerdo, símbolo das imperfeições do espírito que o maçon deve procurar corrigir, em oposição à pedra já esculpida, que simboliza o caminho que deve ser feito para a perfeição.
Motivos mais do que suficientes para nos despertar a curiosidade de saber mais sobre esta organização.

O Museu pertence à Ordem do Grande Oriente Lusitano, a mais antiga (data 1806) e maior Ordem em Portugal (tem cerca de 3500 membros). Está aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 14h30 às 17h30. Está localizado no Bairro Alto, na Rua do Grémio Lusitano, 25.
Convido-vos a uma visita. É uma experiência única e irresistível.
Como ir: A melhor forma de chegar ao Museu é a pé, desde a Estação de Metro da Baixa Chiado. Pela história interessante que levará para contar e pela experiência única nas ruas da nossa capital.